segunda-feira, 2 de abril de 2012

São tantas coisas que eu queria dizer, escrever, jogar pra fora, tirar daqui de dentro!
É como se meus pensamentos, impressões e emoções me fizessem muito mal, me causassem dor e náusea de saber que tudo isso acontece fora de mim.
Descobrir que, sim, você tem um gosto amargo faz desfalecer minhas convicções e por que não dizer expectativas?
Não imaginei que eu estivesse tão dentro, como dessa forma...

Não costumo brincar com fogo, tenho medo da ardência, do calor, da cor laranja vivo. Tenho medo de sair chamuscada, tenho medo daquelas queimaduras que expõem os desejos deixando-os ao "Deus dará", tenho medo da cicatrização lenta e do trabalho que dá quando saímos em busca de outra pele, outra capa para um coração completamente queimado.

Só ajo com certeza, só piso em solo seguro e nunca me entrego de cabeça, sei quanto e como dói ter que se levantar depois. Não queria isso pra mim tão já, não queria ter que pensar nisso e muito menos eu queria ter que olhar no espelho com olhos de desespero sem saber o que fazer ou pensar.

Não queria você, não queria vocês, pelo menos se o plural não existisse, o singular de mim e você pudesse me gerar sorrisos intermináveis e caras de boba, aquelas que tu conseguiste durante esse tempo todo.

Ai que droga, este deveria ser um texto meu, um texto só MEU, mas olha só até onde você está, tudo que faço tem um toque de "você" - credo! - não quer parar, tá estancado mas ainda quer doer, são sensações atípicas que desconheço, não posso ser fraca mas sem dúvidas tudo o que eu mais queria neste momento era enfraquecer e ter como consequência mais um pouco da sua pele.

Sai daqui, vai embora, me deixa, você não precisa disso, você não precisa de mim. Já eu tô precisando tanto...

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