quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A doce Maria Gadú


Eu no final do feriadão prolongado [para os outros], estava já há altas horas na frente do pc tentando escrever algo que prestasse, com a absoluta certeza de que não conseguiria nada, mas enfim, resolvi seguir em frente!

No momento em que eu mais me via "sem inspiração" eis que "surge" uma aba que estava aberta há horas e que tinha um video sobre Maria Gadú, foi quando minha cabeça deu um "tchãm" e pensei: "Vou escrever sobre ela, por que não?"

Mas para escrever sobre ela eu tinha que ter fontes, ou seja, precisava da sua voz para me inspirar e de suas canções para me abrir a mente. Fui ao milagroso "YouTube" e ao "4shared", porque né, sem dúvidas eu necessitava destas músicas no meu cel!

E durante todo o processo de ouvir/baixar músicas eu comecei a redigir este texto, a primeira música a rolar foi: "Shimbalaiê" - Puts a voz dela nesta canção é maravilhosa, e pensar que Gadú a compôs com 10 anos de idade me humilha.

E ouvindo a música, assistindo o video, esperando o arquivo baixar eu comecei a pensar: Pensar em como eu "conheci" o trabalho de Maria Gadú, como a música dela me tocou e o que esta cantora me representa. Bem, desde "O Teatro Mágico", nenhum outro artista me tocou tão profundamente como ela, porque foi aquela coisa típica: Ouvi tua música e nem prestei atenção à primeira audição, mas quando resolvi prestar atenção, sua sonoridade, seu ritmo, seu balanço e sua voz me invadiram deixando um misto de felicidade e alívio dentro de mim por te conhecido uma cantora tão nova, com uma música tão brasileira e com um talento tão expressivo.

Em certa ocasião eu ia conversar com uma pessoa mega importante e antes disso eu passei na casa da minha prima - Monique - ao chegar na casa dela, a mesma estava largada em sua cama com o rádio ao seu lado, no rádio, uma canção calma, uma voz familiar e atípica, na minha mente deveria ser qualquer uma das outras cantoras que eu já conhecia e estava cantando uma canção nova ou uma música qualquer em uma nova versão. Mas ao contrário do que o que eu pensava, minha prima me disse: "Já ouviu? É Maria Gadú". Eu respondi: "Não, que estranho a voz dela é uma mistura de vozes de outras cantoras conhecidas". E nessa história eu a Monique - minha prima que vamos chamar de Monah - ficamos colocando o papo em dia enquanto o CD ia rolando, e ela sempre fazia pausas na conversa para fazer observações do tipo: "Presta atenção nessa parte", "Pra ela eu dava fácil - desculpa prima tive que colocar, se não gostar eu tiro depois", "Olha a voz dela" entre outros elogios que não me lembro. Fiquei extremamente curiosa quanto à dona daquela voz, mas meus problemas naquele dia eram maiores que meu contentamento com àquela jovem cantora.

Horas depois estava eu com meus "problemas" resolvidos e claramente dentro de seus braços, quando uma amiga - Juliana que chamo carinhosamente de Juh - colocou Maria Gadú pra tocar - óbvio que a febre da Senhora Monah já a tinha contagiado também - eu não hesitei nenhum instante e "roubei" as músicas para meu cel [bendito bluetooth], isso tudo aconteceu em uma sexta feira, resultado: Passei o fds da Senhorita Gadú, mas não era o suficiente, precisava de mais, eu queria mais, eu era mais: Mais uma fã dessa "cantorinha de bares noturnos" que agora explodia para o Brasil.

Bem eu não estou "navegando conforme outros barcos", escrevi sobre ela porque ela realmente merece, é uma artista grandiosa, quem nunca ouviu falar sobre a mesma, com certeza ouvirá, e quem já sabe quem é a tal "menina", sabe também que qualquer elogio rasgado não passa de mera formalidade, porque Gadú não precisa de descrições ou de qualidades, ela por si só sabe se virar sozinha e consegue de cada um que a ouve o adjetivo, a importância e a descrição que ela desperta em cada par de ouvidos que tem a maravilhosa oportunidade de apreciar sua música e presenciar sonoramente toda a essência da nova e de grande qualidade MPB.

Maria Gadú é música verdadeiramente brasileira, pura. Os tons de sua voz que se confundem entre grave, suave, rouca e feminina dançam conforme os acordes do violão que com certeza se assemelham às batidas do seu coração quando ouve. Minha indicação musical é: "Encontro", "Quando fui chuva" [na voz dela é claro, porque a música não é sua] e "Escudos". Você que ainda não conhece não se preocupe ela tem uma canção [já citada neste post] que está na trilha sonora da novela Viver a Vida, preste atenção e se delicie com estes novos sons e esta nova vertente da nossa música tão gasta e mal aproveitada por tipinhos "mal encarados" que vivem à base de bons empresários que só pensam no dinheiro e não nos ouvidos dos - poucos - brasileiros que se importam SIM com música de qualidade.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Eu e minhas confusões sentimentais!

"... Ele colocou as mãos dos dois lados do meu rosto.
'Bella... você tem certeza? Você fez a escolha certa? Eu nunca vi você sofrendo tanto'- A voz dele se partiu na última palavra.
Mas eu já havia conhecido dor pior.
Eu toquei os lábios dele. 'Sim'.
'Eu não sei...' A sobrancelha dele se contraiu.
'Se isso te machuca tanto, como é que pode ser a coisa certa pra você?'
'Edward, eu sei que eu não posso viver sem'.
'Mas...'
Eu balancei a minha cabeça. 'Você não entende. Você pode ser corajoso o suficiente ou forte o suficiente pra viver sem mim, se isso for para o melhor. Mas eu nunca poderia me auto-sacrificar desse jeito. Eu tenho que estar com você. É a única forma de que poder viver'.
Eu ainda parecia estar duvidando. Eu nunca devia ter deixado ele ficar comigo na noite passada, mas eu tinha precisado tanto dele..."

-Eclipse, pág 277

terça-feira, 8 de setembro de 2009

As coisas simplesmente acabaram ...

O dia em que você chegar e me mostrar a verdade sobre os lençóis limpos, talvez eu te sorria e lhe mostre a minha lealdade que tanto confundes com fidelidade e que muito diferencia em qualquer coisa. Não sou das mais santas nem das mais fiéis, mas sou com certeza a mais leal a você e ao seu amor. Que posso eu esperar se nem meus pensamentos mais singelos consegues entender? Queria aquele abraço aquecido, forte e seguro em que me via sempre que ao seu lado eu ficava, com o sentimento inocente apenas à espera de um beijo. Hoje não tenho o beijo, não tenho o abraço e menos ainda a espera.

Quando você se foi, me dei conta de que quem já havia partido há muito tempo era eu, mas não conseguia perceber porque meu coração ali não estava, mas meu corpo, este sim ainda permanecia dentro e envolto ao teu, e somente quando os dois se afastaram é que pude perceber que a atual situação não era tão atual assim.

Para mim é fato, as coisas acabam, sim elas simplesmente acabam da mesma forma que começaram e não me adianta em nada ficar chorando pelas mesmas que um dia foram minhas ou então ficar implorando uma volta. Em tudo que se faz nessa vida devemos ter a ampla certeza de que aproveitar é a palavra de ordem e eternidade é a palavra de fantasia. É você quem escolhe se prefere a realidade nos imposta ou se prefere a realidade particular que lhe cabe, ou seja, gozar da vida sem ilusões é uma –sábia – escolha e viver fantasiando situações, relacionamentos e conquistas também é uma escolha, talvez não tão sábia, mas é a sua escolha.

Não seria muito digno de mim sair à francesa como a “vilã” da história, tenho personalidade forte, mas não sou tão ruim. Sou mutável à medida que as coisas acontecem, sou forte, racional, irredutível e humana sim, mas não sou 100% essa fortaleza que aparento ser, muitas vezes sou fraca, sou frágil, mas sou pra mim e de mim. Essa minha individualidade é que foi a complexidade de tudo pra você, e eu te entendo nesse ponto, nem mesmo eu consigo me refletir com simplicidade, mas isso é imutável em mim, não mudo e não mudarei até pressentir o perigo, acredito que assim seja mais fácil para me proteger, quando a idade vier acompanhada da experiência saberei que será a hora de pensar nas coisas e rever meus conceitos, mas saberei também que estarei menos machucada que a maioria e estarei mais disposta a aproveitar tudo por mais tempo que àquelas que vivem com “medo” de sofrer de novo.

Éramos felizes na minha cabeça, no meu mundo, tão felizes que deixei você conhecer, visitar e habitar meu mundo sem pensar nos teus antecedentes acreditando na mudança, aos poucos fui me abrindo e me libertando pra você e por você, mas... Somente as reticências servem para expressar meu pensamento. As atitudes apressaram os ponteiros do relógio que determinaram o fim com hora marcada sem pensar nos nossos sofrimentos, nas nossas dores e nos nossos medos de não termos mais uma à outra, aliás, nós mesmas nunca pensávamos sobre os medos, dores e sofrimentos da outra, e foi que decretou o fim do que era nosso.

O sentimento ainda há e em demasia assim como o desejo de você, mas perdemos o principal, perdemos o foco e perdemos tudo, aliás, não perdemos, demos um fim. Tudo teve seu encanto, sua magia, sua obscuridade e seus sentimentos, mas acabou como começou: através de terceiros. Meu sorriso pela tua lembrança ainda existirá, meu tremor pelos seus pensamentos também, até que você se mantenha do seu lado e eu do meu, interferências já não fazem mais nenhum sentido, só espero que entenda isso. Um dia haverá uma conversa, outro abraço, outro olhar e até mesmo outra noite perfeita (que para mim foi àquela), mas, "um dia", futuro incerto que assim continuará sendo até que o próximo destino nos permita tais fatos.