quarta-feira, 2 de maio de 2012

Oi?


Acordei pensando nisso, acordei pensando em você, acordei pensando na gente.
Acordei pensando naquilo que se diz, naquilo que se ouve, naquilo que fica por dizer, naquilo que me faz sentir.
As conversas, as discussões que em nada nos levam a crer, os rodeios para dizer aquilo que nos grita por dentro, a idéia de esconder da voz tanto o sorriso bobo que escorre pelo canto dos lábios, quanto a vontade incrédula de tirar das cordas vocais o gosto ruim de se ouvir aquilo que não se quer e bem nenhum lhe faz.
Eis que me vejo te procurando em todos os cantos, todos os detalhes, cada momento dentro de mim, dentro do meu mais doce pensamento.
Dá-me a mão menina, chega acá, vem pra dentro, mergulha-me, inunda-me, invade-me, deixa-me sem saída,
Pra quê tantas notas nesses pés de bailarina se a única nota que me importa é a das batidas do seu pulsar quando perto estás?
Aquela idéia de lembrar algo, abrir os lábios e sentir a cabeça despencando pra trás é verdade, é, é sim! É a mais pura verdade de que você de fato daqui não sai.

"Você me bagunça e tumultua tudo em mim
Essa moça ousa, musa, abusa de todo meu sim
Você me bagunça e tumultua tudo em mim
E ainda joga baixo, eu acho, nem sei,
Só sei que foi assim
Assimila, dissimula, afronta, apronta, diz: "carrega-me nos abraços"
Lapida-me a pedra bruta, insulta, assalta-me os textos, os traços
Me desapropria o rumo, o prumo, juro me padeço com você
Me desassossega, rega a alma, roga a calma em minha travessia
Outro "porquê"
Parece que o coração carece e diz: "pára!" Silencia.
Se embrulha e se embaralha,
Reconsiderar o ar, o andar , nossa absolvição, a escuta e a fala
Nos amorizar o dia, fio, corredor, a calçada, o passeio e a sala
Se perder sem se podar e se importar comigo
Aprender você sem te prender comigo
Difícil precisar quanto preciso
Difícil precisar quanto preciso"

Pra você ouvir!

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